Eu sou a Maria da Consolação. Nasci e cresci em uma favela no bairro Cachoeirinha, em Belo Horizonte. Sou neta de lavadeira e filha de empregada doméstica. Comecei a trabalhar aos dez anos para pagar meus estudos e materiais escolares.
Eu defendo e acredito na educação: sou pedagoga formada pela UFMG e doutora em Educação pela USP. Após 32 anos de trabalho, me aposentei como professora na Prefeitura de Belo Horizonte. Também fui professora na UEMG durante 18 anos.
Fiz parte da diretoria do Sind-REDE e do Sind-UTE, da Executiva Nacional da CUT e ajudei a criar o PSOL. Sou uma das fundadoras da Marcha Mundial de Mulheres no Brasil. Fui candidata a prefeita de Belo Horizonte em 2012 e 2016.
Sou candidata a vereadora porque a educação precisa ter voz e vez nas decisões políticas da cidade. Meus passos vêm de longe e não fujo à luta porque da luta ninguém se aposenta.
Mais de um milhão de pessoas em Belo Horizonte não concluíram a educação básica e ainda temos quase 60 mil pessoas, com 15 anos ou mais, que não sabem ler e escrever.
Queremos uma cidade com ANALFABETISMO ZERO e a garantia de conclusão da EDUCAÇÃO BÁSICA para todas as pessoas. Defendemos o direito das crianças pequenas à educação pública, gratuita e de qualidade, com oferta pública e em tempo integral. Defendemos a garantia da Educação Especial Inclusiva em todas as etapas da educação básica.
Educação de qualidade se faz com a garantia de recursos públicos, infra-estrutura adequada, alimentação escolar saudável; valorização de todas as educadoras e educadores que atuam na escola com planos de carreira e piso nacional integral no primeiro nível da carreira.
Vivemos um momento de destruição e privatização dos serviços públicos e de profundo ataque aos servidores públicos. Esse processo de desmonte das políticas públicas precisa ser freado.
Para isso, é preciso organização popular, mobilizações sociais em defesa dos serviços públicos e valorização profissional das servidoras e servidores municipais.
Defender o SUS, a educação pública, a assistência social, os direitos trabalhistas do pessoal da ativa, aposentados e pensionistas. O legislativo municipal tem o dever de debater, participar e contribuir na garantia da valorização dos serviços públicos e de quem nele trabalha e de quem dedicou a sua vida à construção da nossa cidade, garantindo os direitos adquiridos de aposentados e pensionistas.
Queremos que todas as pessoas em BH tenham acesso a uma vida cultural rica e variada com a garantia de espaços públicos para atividades culturais, apoio aos/às artistas locais e promoção de eventos que celebrem a diversidade da nossa cidade. Queremos que as pessoas possam circular livremente, aproveitando tudo o que Belo Horizonte tem a oferecer, por isso defendemos a TARIFA ZERO no transporte público.
Acreditamos que todos devem ter o direito de se deslocar pela cidade sem barreiras. Isso facilita o acesso a serviços, trabalho, e também à vida cultural da cidade. Queremos uma cidade onde todas as pessoas possam viver com dignidade e ter suas necessidades básicas atendidas: moradia decente, saneamento básico, alimentação saudável e acesso à água limpa. Esses são direitos fundamentais e devem ser garantidos para todas as pessoas, sem exceção.
É urgente a Câmara Municipal elaborar políticas que incentivem a geração de empregos, trabalho e renda à população de BH.
Defendemos a articulação com entidades como a ASMARE e outras, inclusive da região metropolitana, para a construção de uma indústria de resíduos sólidos em BH.
Políticas de incentivo a projetos agroecológicos, da Economia Popular Solidária, e de valorização das políticas sociais, culturais e econômicas redistributivas e solidárias, de emprego, renda, negócios criativos e esportes, que promovam ações afirmativas nas ocupações, nos bairros, nas vilas, nas favelas e nos aglomerados.
Políticas de investimento nas pesquisas acadêmicas de nossas universidades públicas e em projetos com potencial de inovação tecnológica de Belo Horizonte, que formam recursos humanos e empregos qualificados. Apoio à consolidação do Parque Tecnológico de Belo Horizonte, o BHTec.
Cuidar das pessoas não é tarefa apenas das mulheres e, sim, da sociedade como um todo. Os trabalhos do cuidado fazem parte da Economia do Cuidado que envolve diversas atividades sociais e econômicas, nos espaços públicos e privados. Isso inclui educação, saúde e serviços sociais, bem como o trabalho doméstico.
É urgente fiscalizar a implementação da Política Municipal de Cuidados para garantir a construção de políticas públicas efetivas que socializem o trabalho do cuidado e valorizem as trabalhadoras e trabalhadores do cuidado; garantir espaços públicos adequados para o atendimento das demandas do cuidado como centros de apoio à população idosa em todas as regionais; garantir a manutenção de programas de transferência de renda para as famílias que requerem mais proteção social; ampliar a rede de equipamentos e serviços de Assistência Social.